Em um vilarejo perto da Mata Atlântica não existia luz elétrica e nem celular, as pessoas não assistiam televisão e não sabiam nada do que se passava pelo mundo.
Gertrudes era uma moça da cidade que escolheu viver neste lugar. Abriu mão de sua vida para passar um pouco de conhecimento para as crianças carentes. Cozinhava para os jovens e fazia a faxina da escola. Só voltava para a cidade uma vez por mês e revia seus parentes e amigos.
Os alunos vinham de longe e alguns moravam na escola.
Gertrudes fez uma balança no pé de manga para os pequenos balançarem. Depois dos deveres ela brincava com os alunos de amarelinha e aproveitava para ir ensinando matemática.
Na escola fizeram uma horta onde todos trabalhavam.
A professora Gertrudes gostava muito do que fazia, mesmo sendo uma vida sofrida. As crianças sabiam do esforço e compensavam com carinho e dedicação.
Os jovens eram muito inteligentes aprendiam muito rápido. A minoria continuaria seus estudos na cidade e os demais seguiriam o caminho dos pais. A moça ficava muito triste ao ver as meninas se casando muito cedo e logo com muitos filhos, ficava triste ao ver um de seus alunos largando os estudos para trabalhar em uma lavoura.
Os governantes faziam muito pouco para mudar a história deste povoado e também a de tantos outros povoados que existem pelo país afora.
Gertrudes queria pelo menos que a população local tivesse luz elétrica. Quem sabe um dia...
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