Em uma manhã de primavera as flores desabrochavam, um perfume de alfazema surgia no ar.
Eduvirgens estava em sua casa sentada almoçando quando um enorme jacaré entrou em sua cozinha, ela esqueceu a porta aberta e ao ver o bicho começou a gritar:
- Socorro! Alguém me ajude!
Assustada subiu em cima da mesa. Suas pernas tremiam tanto, suava frio e não parava de gritar. O jacaré falou:
- Se acalme, não vou te fazer mal, só quero algo para comer.
- Você fala?
Disse ela assustada.
- Claro que falo! Todo ser vivo fala, só que as pessoas não entende nossa linguagem, mas você me entende.
- Fico contente, no que posso lhe ajudar?
- Eu preciso de alimento, o rio está escasso. Eu e meus amigos estamos passando fome.
- Você e seus amigos? Tem mais jacaré com você?
- Somos em oito. Seu quintal está cheio.
- Eu não vou ter alimento para todo mundo, hoje até posso arranjar alguma coisa, mas depois não sei o que fazer.
- Vamos planejar uma forma para você ganhar dinheiro e você cuida da gente.
Ela pensou em fazer um bar. Ele sugeriu um ponto turístico usando os jacarés como atração.
O jacaré se reuniu com seus amigos e expôs a ideia. Todos concordaram.
Era a hora de por a mão na massa. A mulher colocou um anúncio no jornal.
Todos os jacarés obedeciam aos comandos de Eduvirgens.
Os turistas começaram a chegar e ela vendia seus produtos, com o dinheiro comprava carne para seus amiguinhos. O rio também começou a retribuir com peixes.
Os jacarés eram doces. O local ficou famoso e turistas de todo o mundo vinham apreciar a comida e ver os jacarés.
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