Daniel era um anjo que foi mandado para a terra em forma de criança, tinha a missão de encher sua família e a todos que conhecesse de amor, teria que nascer com uma deficiência, não poderia ver a luz do mundo.
Em uma manhã de agosto nasceu e seus pais ficaram muito felizes, pois a muito que sonhavam com um bebê. Era lindo e cheio de vida.
O tempo passou e seus pais perceberam algo diferente no olhar da criança. Consultaram um especialista e o diagnóstico foi que o menino já nasceu cego e que ficaria assim por toda a vida. Uma doença sem cura. Seus pais não se abalaram, pois o amor pelo seu filho era maior.
O menino foi crescendo com vários dons que todos nós temos, mas não exercitamos. Enxergava as pessoas de maneiras diferentes, pelo toque de suas mãos, pela voz diferenciava cada pessoa, pelo cheiro e pelo calor.
Quando alguém se aproximava sabia quem era. Sabia quando ia chover. Sentia as coisas no ar.
Seus pais faziam tudo por ele, para que se sentisse uma criança normal.
No dia do seu aniversário de sete anos ganhou uma cachorrinha de presente. O menino a chamou de Mia, era um cão guia, que fez grande diferença na vida da criança. Ficou muito contente eram inseparáveis quando saiam na rua ela o direcionava, era só dizer:
- Mia, me leve ao jardim.
Era uma cachorrinha atenciosa, que sempre obedecia a seus comandos.
Em uma tarde de sol, menino e seu cão guia foram passear em um campo de futebol. Um chute forte na bola foi dado por um dos jogadores e a bola foi em direção ao jovem. Acostumado a usar seus sentidos sentiu o movimento da bola no ar e com as mãos pegou a bola.
Foi um movimento muito rápido. O treinador ao ver o ocorrido foi imediatamente falar com o jovem.
- Menino você quer jogar futebol? Nós temos uma escolinha para crianças especiais como você.
- Eu quero! Mas não posso enxergar.
- Não tem problema, a bola tem um sininho que mostra a direção.
- Que legal! O senhor pode conversar com meus pais?
- Claro! É só passar o endereço que vou lhe fazer uma visita e aproveito para fazer o pedido.
O treinador realmente foi visitar o jovem e aproveitou para conversar com os pais sobre o menino poder jogar futebol. Eles concordaram.
Começou a treinar todas as tardes com outras crianças iguais a ele. Ficou muito bom no esporte. Representou o país nas olimpíadas e ganhou medalhas de ouro junto com sua equipe. É o orgulho de seus pais e de todos que o conhecem.
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