Em uma manhã chuvosa os ovos da tartaruga Priscila estavam prontos para nascer. As tartaruguinhas se debatiam muito para quebrar a casquinha do ovo.
Tói era um filhote macho, viu o mundo pela primeira vez, meio amedrontado perguntou:
- Onde estou?
Seus irmãos pareciam mais espertos que ele, ao se verem livres correram direto para o mar, sem pensar no perigo que estavam correndo pelo caminho.
Alguns ficavam lentos dentro da casca, parece que não queriam conhecer o mundo.
Várias gaivotas invadiram a praia e raptaram alguns dos irmãos de Tói. Poucos foram os que conseguiram chegar ao mar.
Tói continuou escondido na casca e morrendo de medo. Uma gaivota com um rasante pegou com suas garras o Tói, que tentou se libertar, mas foi inútil era uma situação difícil.
A gaivota foi direto ao ninho e jogou a tartaruga junto com os outros filhotes e ovos.
Um dos pequenos pássaros era muito desajeitado e com uma bicada empurrou Tói para fora do ninho que caiu em cima de algumas folhas escorregou de mansinho até cair no rio, que ficava logo abaixo.
A tartaruga nadou sem direção e em meio a forte correnteza foi jogado sobre os gravetos.
Raul era um menino que morava perto do rio e vivia pescando. De longe o menino viu a tartaruga e foi correndo tentar pegar o animal. Com a ajuda de um pau arrastou os gravetos e salvou a tartaruguinha.
O jovem colocou o bicho em uma lata cheia de água e foi para casa carregando o Tói.
A tartaruga estava muito fraca e o menino não sabia como agir nessa situação.
Raul procurou ajuda dos guardas ambientais, que cuidaram do bichinho. Levaram a tartaruga para um aquário bem grande e lá Tói se recuperou.
O menino todos os dias visitava seu novo amigo e também ajudava a cuidar de outras tartarugas que também estavam se preparando para o grande mar.
Até que o chegou. Tói estava ansioso para conhecer sua nova morada, o menino ficava ao seu lado dizendo:
- Não tenha medo, pois vai dar tudo certo.
Raul pegou Tói e o soltou sobre o mar.
A tartaruga nadava livremente. Com uma de suas patinhas deu adeus aos amigos.
Logo encontrou Priscila, sua mãe, que o esperava ansiosa. Ela disse:
- Pensei que não viesse mais, que bom que conseguiu!
Sentiu-se amparado e sabia que não seria fácil, mas tinha com quem contar. Tói cresceu e ficou forte.
Quando é época da desova acompanha sua mãe e aproveita para rever seus amigos, principalmente Raul, a quem deve sua vida.
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