Coisas estranhas estavam acontecendo lá no vilarejo. No bar do seu Joaquim, começou a sumir bebidas, ele guardava alguns barris de suco de uva na dispensa, quando foi ver estavam vazios, só encontrou um buraco no chão que dava para o mato e um mal cheiro danado, o bar ficou todo fedido e espantou toda freguesia.
Nos galinheiros das casas todos os dias sumia uma galinha. Ovo não ficava nenhum para contar história. E sempre só ficava um mau cheiro no ar, ninguém estava suportando aquele cheiro ruim que ficava impregnado .
Dona Benedita comentou:
- É um ser de outro mundo. Invadiu o galinheiro, atacou o cachorro e deixou o animal fedendo, dei uns cinco banhos nele e nada do cheiro passar.
Seu Pedro comentou:
- Fiquei de vigia a noite passada. Estava muito escuro, vi algo estranho. Parecia um lobo. Jogou sobre mim algo pegajoso e fiquei fedendo. Minha esposa mandou eu tomar banho e mesmo assim o cheiro não passou.
Todos estavam preocupados. As galinhas estavam sumindo, só ficava as penas das pobrezinhas. De madrugada ouvia-se barulhos no galinheiro, mas como todos estavam com medo ninguém se atrevia a ir até o local.
Dona Catarina teve uma idéia:
- O ser desconhecido gosta de suco de uva, pois tomou todo o barril do seu Joaquim. Tragam mais suco. Vamos deixar sobre uma bacia dentro do galinheiro.
Ao anoitecer chamou alguns homens da vila, que usaram uma roupas feitas de plástico. Todos ficaram escondidos e a esperar o "visitante". O medo era grande e geral. Todos tremiam.
Não demorou muito e apareceu um animal. Parecia um cachorro, com um enorme rabo, todo preto com listras brancas, chegou de mansinho e bebeu todo o suco. Até soluçava e não conseguia andar. Dormiu ali mesmo.
O ser fedido era um gambá. Dormindo parecia tão indefeso.
Pegaram o bichinho e levaram para uma floresta bem distante. Soltaram para viver livre. As galinhas ficaram felizes.
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