Justino era o rei dos ratos, bom e justo. Todos os seus súditos o respeitavam, pois ele cuidava de todos com muito carinho. Faustino era o irmão mais novo do monarca.
Um criado levou um pedaço de queijo para o rei em seu café vespertino, o pobre criado sem nada saber serviu seu rei, que veio a passar mal. Todos acharam que a culpa era dele e o aprisionaram.
Rui, um soldado de confiança, desconfiou que seu rei havia comido algo estragado. Disse:
- Tenho que dar um jeito nisto, se Faustino assumir o trono o que será de todos nós?
Foi consultar o sábio dos ratos, que disse:
- Você tem que subir a superfície e achar uma planta que desintoxica. Traga para mim. Isso tem que ser feito o mais rápido possível, não temos tempo a perder.
Rui e mais um amigo, chamado Gege, com um barco navegaram pelos esgotos até chegarem a superfície.
Era dia e os dois ratos ficaram maravilhados com a luz do sol. O céu estava azul e pássaros voavam pelo céu. O vento fazia os galhos das árvores balançarem. Formigas trabalhavam sobre o chão.
Perguntaram a uma formiga se ela conhecia alguma planta desintoxicante, e ela disse:
- Um bruxo! Ele tem uma plantação de plantas que purificam.
Os dois ratos foram apressadamente até o local indicado e se depararam com um gato enorme, todo preto e de aparência bem agressiva.
Ao verem o animal correram desesperadamente. Seria o fim da jornada? Seria o fim de Justino?
Rui era mais forte e inteligente que Gege e de longe viu uma toca.
- Uma toca! Vamos para lá!
Entraram sem pensar. Era a toca de um esquilo, que disse aos seus visitantes:
- Aqui estão seguros!
Dentro da toca só pensavam em cumprir seu dever e salvar seu amado rei. O tempo era curto. Colocaram a cabeça para fora e olharam, o gato estava lá, só esperando para atacar.
Rui gritou:
- Deus dos ratos! Nos ajude!
Logo apareceu um cachorro enorme que atacou o gato. Aproveitaram para fugir.
Deram um Tchauzinho para o gato.
Já tinha se passado quase um dia. Rui disse:
- Será que nosso rei ainda vive?
Gege respondeu:
- Nada de ruim irá acontecer.
Após todos estes acontecimentos difíceis, tudo ficou mais fácil. Acharam o bruxo e ele se prontificou a ajudar os dois ratos. Colheu umas folhinhas e colocou em uma sacola.
Amarraram as sacolas em suas costas e regressaram ao reino.
Faustino já comemorava, pois queria ser rei.
Rui e seu amigo chegaram e foram a casa do sábio. A poção foi preparada.
No castelo procuraram o quarto do rei. Vários guardas tomavam conta do lugar. Não queriam deixar eles passarem, mas como Rui fazia parte da guarda ordenou que os soldados fossem descansar e ele seria o responsável pela segurança.
Tudo estava perfeito. No aposento real o rei delirava em febre, não reconhecia mais ninguém. O remédio foi colocado na boca do soberano que com muito custo engoliu.
O remédio foi um sucesso e Justino continuou sendo o rei amável e querido que sempre foi.
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