Em uma fazenda abandonada existia um casarão mal assombrado.
Contam as pessoas que lá moraram, que uma condensa que sofria muitos maus tratos pelo seu esposo, um conde muito mau, aparecia dentro da casa e não permitia que ninguém vivesse ali.
Isabel, uma parente da condensa, herdou o casarão e foi morar no local herdado.
Quando a noite chegava ninguém conseguia dormir na casa, ouviam passos, choros e pedidos de socorro. Quase todos os criados com medo foram embora, ninguém queria trabalhar naquela casa.
Isabel disse:
- Isso é um mistério. O que acontece neste lugar?
O sótão da casa. Isabel nunca foi ver o que tinha no sótão. Subiu e tentou abrir a porta, mas estava trancada. Não entendia e pediu ajuda a um senhor que trabalhava na fazenda.
- Sinhá, não mecha com isso não, a condensa morreu lá dentro deixa ela em paz. A mulher sofreu muito com o marido. As vezes eu a escuto gritando e pedindo socorro.
A moça pensou:
"Se ela pede socorro é porque está precisando de ajuda. Eu tenho que ajudar, mas não sei o que fazer. Vou libertar a condensa".
Quando anoiteceu a moradora estava em seu quarto. Um vulto de uma mulher caminhava pela casa.
- Uhhhhh.... Uhhhhh..... Uhhhhh...
Isabel estremeceu e um forte calafrio percorreu seu corpo. Rezar, começou a rezar, mas os gemidos não paravam e sim aumentavam.
- UHHHHH.... UHHHHH..... UHHHHH... UHHHHH.... UHHHHH..... UHHHHH...
Sozinha e sem ninguém na casa para ajudar Isabel foi até a cozinha. Pegou um machado. Subiu até o sótão.
Os gemidos estavam altos e insuportáveis.
Tentava não ouvir os lamentos e com golpes de machado arrebentava a entrada do sótão. A porta foi abaixo.
Isabel estava cansada e com medo. Cuidadosamente entrou pelo local desconhecido. Ao entrar teve o maior susto. Uma cama enorme e um vulto de mulher estava sobre a cama.
- Luzzzz.... eu quero luz.... Uhhhhh.... Uhhhhh..... Uhhhhh... luz...
Provavelmente era a condensa.
Isabel pegou uma vela e colocou nas mãos do vulto. A condensa se iluminou e aparentemente ficou mais forte. Os gemidos terminaram. O vulto ficou em pé e flutuava sobre a cama. Acenou, sorriu e se desfez no ar.
Quando o dia amanheceu, Isabel mandou que limpassem o sótão e que chamassem o padre.
Nunca mais ouviu barulho algum naquela casa.
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